domingo, 20 de maio de 2012

ED05 - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO


A filosofia da educação é o estudo dos objetivos, dos processos, da natureza e dos ideais da educação. Pode estar dentro do contexto da educação como uma instituição social ou mais amplamente como o processo de crescimento existencial humano, isto é, como é que nossa compreensão do mundo é continuamente transformada (seja através dos fatos, dos costumes sociais, das experiências, ou mesmo das nossas próprias emoções). Ela preocupa-se com a  problemática educacional que ocorre em  todos  os segmentos da sociedade pois trata-se, com  efeito,  de  Filosofia  da  Educação  e  não  simplesmente de Filosofia. A Filosofia  oferece  a  reflexão  para  auxiliar  nos  problemas  educacionais  que  desafiam  educadores, políticos, pais e a sociedade, como um todo. De outro lado, a Educação, entendida num conceito amplo, oferece à Filosofia problemas que se tornam cada vez mais complexos, inesperados e incertos como a  miséria, a  fome, a violência, a corrupção, o  individualismo, a concorrência,  a  perda  dos  valores,  a  exclusão  social  e  o  analfabetismo. A filosofia  se faz presente no início do processo, ao estabelecermos as metas; no seu decurso, quando traçamos e executamos as estratégias; no final, quando julgamos o que e quanto foi cumprido. Ora, avaliar é emitir juízos de valor e estes implicam sempre, queiramos ou não, consciente ou inconscientemente uma posição filosófica, uma filosofia. Segundo Aranha (1996, p. 108). “Tendo sempre presente o questionamento sobre o que é a educação, a filosofia não permite que a pedagogia se torne dogmática nem que a educação se transforme em adestramento ou qualquer outro tipo de pseudo- educação.” Em termos de filosofia da educação, as duas grandes linhas mestras na pedagogia coincidem com essa dupla etimologia. Há uma pedagogia que acredita que a educação se realiza como uma maneira de tornar o aprendiz aquele que assimila regras que não são suas, mas que passarão a ser suas e que, por isso mesmo, o tornarão uma pessoa educada. Há uma outra pedagogia que entende a educação como uma maneira de tornar o aprendiz capaz de forjar suas próprias regras e, tendo isso ocorrido, ele pode se considerar uma pessoa educada.

Referência:
ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofia da Educação, 2ª edição. Editora Moderna, São Paulo 1996. 

AVA05 - 'TEORIA DOS DOIS MUNDOS' DEFENDIDA POR PLATÃO


Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
            Para explicar melhor sua nova teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, no qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco. Para explicar o mundo das ideias ou inteligível Platão chamou o conjunto de Ideias de “Hiperurânio” (acima do céu), termo usado na sua obra Fedro. Neste “mundo” existem ideias para todas as coisas (Ideias de valores estéticos, Ideias de valores morais, Ideais de entes corpóreos, etc.). Estas ideias caracterizam a chamada “substância”, que é desprovida de cor, forma ou qualquer outro aspecto físico. O importante é que todas elas são incorruptíveis e não estão sujeitas a geração. A teoria das Idéias de Platão pretendeu sustentar que o sensível só pode ser explicado mediante o recurso do supra- sensível, o relativo mediante o absoluto, o sujeito a movimento mediante  o imutável, o corruptível mediante o eterno. Esta é a meta do pensamento de Platão, a busca de uma “condição incondicionada” para o conhecimento, o encontro com o absoluto fundamento da verdade. O “verdadeiro ser” é constituído pela “realidade inteligível”. O Mundo Sensível ou das Formas seria um conjunto de cópias do que existe no Mundo Inteligível, construídas a partir de um artífice, que Platão denomina de “Demiurgo”. Este “criador” conseguiu dar forma a uma matéria-prima que possuía, tomando por modelo, as idéias eternas. O mundo sensível é uma espécie de imitação do inteligível, tal qual uma pintura de uma árvore é uma imitação da árvore verdadeira.

sábado, 12 de maio de 2012

AVA04 - MAIÊUTICA



TEORIA DA “ MAIÊUTICA” DEFENDIDA POR SÓCRATES
             
A Maiêutica foi proposta por Sócrates, considerado até nos dias atuais um dos homens mais sábios que já passaram pela face da terra. Ela consiste em perguntar, em interrogar, em inquirir: O que é isto? O que significa? Essa atitude de questionamento Sócrates tinha andando pelas ruas, pelas praças, indagando das pessoas.
            Ele não aceitava uma definição superficial, a cada resposta ia fazendo mais perguntas, indagando, até chegar à resposta mais precisa possível. Mas que nunca aceitava como uma posição definitiva.
            Para a Maiêutica o conhecimento está latente no homem, sendo apenas necessário criar condições para que ele passe da potência ao ato, aflore na espécie de recordação, reminiscência.
            De acordo com o exposto a Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Socrátes conduzia este parto em dois momentos distintos : no primeiro, ele levava as pessoas a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, ele os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas.
            Agindo dessa forma poderia empregar o verdadeiro sentido da palavra educar que vem do latim – educere - e significa literalmente trazer para fora, sobressair, emergir do estado potencial para o estado da realidade manifestada.
            Fato que não tem acontecido na educação atual, onde o aluno não quer mais pensar e raciocinar para chegar as suas conclusões, quer receber tudo pronto.

AVA03 - MÉTODO PEDAGOGIZADOR



PEDAGOGIZADOR

Resume-se a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. Submete os conteúdos científicos a objetivos explícitos de cunho ético, filosófico, político, que darão uma determinada direção (intencionalidade) ao trabalho com a disciplina e a formas organizadas do ensino.


INTERSUBJETIVIDADE

 Busca produzir sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. é umas das áreas que envolve a vida do homem tem como intuito de discutir os rumos da sociedade – indivíduo como sujeito e ator social, que reflete sobre os problemas da sociedade, interpreta, participam, dialoga, enfim, luta por interesses comuns.
Supera o modelo “pedagogizador” ao tornar indivíduos mais livres, autônomos e capazes.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ED03 - CORRENTES FILOSÓFICAS: RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO KANTIANO


O RACIONALISMO
O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. Na modernidade a chamada Idade da Razão então, surgiu à necessidade de redefinir os paradigmas, Descartes na declaração, "penso logo existo", descrito pelo Prof. Wesley Dourado na palestra "Aspectos Gerais da Filosofia Moderna" [9] sobre as como um "ponto arquemédico [...] a verdade inicial da qual se poderá constituir outras verdades" iniciou esse processo. Ele declara que o homem, ser racional por natureza, tem a capacidade de alcançar o conhecimento e mais que isso, sua existência é definida pelo ato de pensar.

O EMPIRISMO
O iniciador do empirismo é Francis Bacon. Enalteceu ele a experiência e o método dedutivo de tal modo, que o transcendente e a razão acabam por desaparecer na sombra. Falta-lhe, no entanto, a consciência crítica do empirismo, que foram aos poucos conquistando os seus sucessores e discípulos até Hume. Ademais, Bacon continua afirmando - mais ou menos logicamente - o mundo transcendente e cristão; antes, continua a considerar a filosofia como esclarecedora da essência da realidade, das formas, sustentáculo e causa dos fenômenos sensíveis. É uma posição filosófica que apela para a metafísica tradicional, grega e escolástica, aristotélica e tomista. Entretanto, acontece em Bacon o que aconteceu a muitos pensadores da Renascença, e o que acontecerá a muitos outros pensadores do empirismo e do racionalismo: isto é, a metafísica tradicional persiste neles todos histórica e praticamente ao lado da nova filosofia, tanto mais quanto esta é menos elaborada, acabada e consciente de si mesma.

CRITICISMO KANTIANO
 Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo. Tendo como pressuposto o ideal iluminista da razão autônoma capaz de construir conhecimento, Kant vê a necessidade de proceder à análise crítica da própria razão como meio de estabelecer seus limites e suas possibilidades. Podemos sintetizar o problema kantiano na seguinte pergunta: é possível conhecer o ser em si. o supra- sensível ou metafísico através de procedimentos rigorosos da razão? Por seres metafísicos ele entende Deus, a liberdade e a imortalidade.

ED04 - FILOSOFIA MODERNA


A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant. Coloca a razão, sujeito a exigências da fé na idade média, em liberdade e por fim à dependência do ser humano possibilitando seu esclarecimento, colocando o conhecimento ao seu alcance. A filosofia moderna e o iluminismo não restringiam o conhecimento a uma elite social, religiosa ou intelectual, o colocaram ao alcance de todos que desejavam sair da minoridade, da dependência do tutelar de outros. A sociedade moderna (perfeita) seria o resultado do esclarecimento de todos. A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes conhecido como pai da filosofia moderna. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo.