Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo
sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais
(inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela
contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Para explicar
melhor sua nova teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da
Caverna, no qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a
infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam
uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às
suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens
conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao
voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco. Para explicar o mundo das ideias ou inteligível Platão chamou o conjunto de
Ideias de “Hiperurânio” (acima do céu), termo usado na sua obra Fedro. Neste
“mundo” existem ideias para todas as coisas (Ideias de valores estéticos,
Ideias de valores morais, Ideais de entes corpóreos, etc.). Estas ideias
caracterizam a chamada “substância”, que é desprovida de cor, forma ou qualquer
outro aspecto físico. O importante é que todas elas são incorruptíveis e não
estão sujeitas a geração. A teoria das Idéias de Platão
pretendeu sustentar que o sensível só pode ser explicado mediante o recurso do
supra- sensível, o relativo mediante o absoluto, o sujeito a movimento
mediante o imutável, o corruptível mediante
o eterno. Esta é a meta do pensamento de Platão, a busca de uma “condição
incondicionada” para o conhecimento, o encontro com o absoluto fundamento da
verdade. O “verdadeiro ser” é constituído pela “realidade inteligível”. O Mundo
Sensível ou das Formas seria um conjunto de cópias do que existe no Mundo
Inteligível, construídas a partir de um artífice, que Platão denomina de
“Demiurgo”. Este “criador” conseguiu dar forma a uma matéria-prima que possuía,
tomando por modelo, as idéias eternas. O mundo sensível é uma espécie de
imitação do inteligível, tal qual uma pintura de uma árvore é uma imitação da
árvore verdadeira.
Gilberto,
ResponderExcluirResumindo: Platão acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. Para ele, a realidade não estava no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber. A verdade, para Platão, é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno.
Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos. O outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode nos levar até lá.
Platão acredita que para atingir a verdade e o bem, você deve se libertar da sedução dos sentidos.
São os apelos do corpo, que nos levam a paixões descontroladas e nos afastam da verdade. Platão dizia que ele deve ser sempre submetido às avaliações do pensamento.
Tudo o que a gente vê e percebe ao redor são cópias mal-feitas das ideias, que são perfeita e eternas. É como se a natureza e as pessoas fossem uma cópia de modelos que só existem no mundo das ideias. O que Platão quer com isso é distinguir o verdadeiro do falso, o semelhante do diferente, a essência da aparência.
Denise Sousa